Tônia Carrero teria inspirado o desenho das moedas de cruzeiro dos anos 70
Benedicto Ribeiro, que era fã da Tônia Carrero, teria usado uma foto da atriz no desenho do cruzeiro
A história é saborosa e tem ares de lenda urbana. Tônia Carrero, que morreu aos 95 anos no último sábado (3), quando tinha uns 35 anos, teria sido a musa inspiradora do gravador numismata Benedicto Ribeiro, responsável pelo novo design das moedas de cruzeiro que circularam na década de 70.
A Casa da Moeda do Brasil nunca confirmou oficialmente a informação, mas a própria Tônia já falou sobre isso.
Em 1996, quando trabalhava no SBT, o colunista Tony Goes, do site "F5", da Folha de S.Paulo, entrevistou a artista que confirmou, toda envaidecida, que era ela mesma a inspiração para a obra. Na ocasião, Tônia Carrero até virou o rosto para o lado e mostrou o seu perfil para provar a semelhança.
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Em 2000, a atriz voltou a falar sobre o tema em uma entrevista para a revista "IstoÉ Gente". Tônia, mais uma vez, respondeu que teria ficado envaidecida com a homenagem.
Em 2016, o numismata Emerson Pippi investigou a história para a revista da Sociedade Numismática Paranaense. Ele conversou com Glória Dias, assessora técnica do gabinete da presidência da Casa da Moeda do Brasil.
Segundo ela, o desenho da efígie foi obra do gravador numismata Benedicto Ribeiro, que era fã da Tônia e teria usado extraoficialmente a foto de perfil da atriz como inspiração.
Já escrevi aqui no blog sobre o desenho da efígie da República que ilustra as nossas cédulas. A efígie do real é uma representação alegórica da República, surgida pela primeira vez na França e batizada de Marianne.
Vale lembrar que, na França, diversas atrizes são usadas como inspiração para artistas criarem o busto da República. Entre elas, já foram representadas atrizes como Brigitte Bardot e Catherine Deneuve.
Bustos da República Francesa inspirados em Brigitte Bardot e Catherine Deneuve
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